segunda-feira, 13 de setembro de 2021

O Sádico e o Masoquista


Uma pessoa com um coração mal
É muito pior que uma com o coração vicioso
Enquanto a segunda prejudica em partes a si mesma
As vezes até de forma consciente
A primeira se delicia com as artes de prejudicar ao próximo
No sertão do Jequitinhonha tinha um homem
Que tinha por vicio todos os dias ir na mata
E matar uma ave
Pra mor de comer
Ave Maria!!!
E como aperitivo sempre tinha uma “cana” forte
Um dia desandou que pegou uma doença
Ninguém sabe se foi das aves ou das “canas”
Ficou uns dias em cana
E morreu só na cama da cadeia
Do outro lado rio logo ali perto
Tinha outro homem
Que saia toda tarde pra caçar gente!!!
Isso mesmo caçar pessoa nas ideias
Ele se sentava no banco da praça da cidade
Ao lado do primeiro desavisado
Era descolado, tinhas as manhas
Parecia sempre uma pessoa boa e prestativa
Mais quando já estava inteirado da vida da vitima
Ai, ai, ai
Aí é que começava
Ele atiçava e por dentro se ria disso
Se a pessoa era casada
Enfiava na cabeça do jagunço
Que ali por debaixo do chapéu
Chifre tinha
Se era moça
Aplicava de alcoviteiro
Se era beata
Julgava a pessoa de pecadora
Que inté de tristeza essa pessoa morria adepois
Depois ia pra casa feliz que só
Dizia assim pro seu compadre
Se eu não tive sorte na vida
Porque é que os outros devem ter
Se é pra sofrer vamos todos juntos
Num tô certo???
Compadre de medo, balançava a cabeça concordando
Um dia parado ali no banco
O desavisado era ele
Ninguém sabe como que foi
O fato é que a peste do homem
Tomou um tiro bem no coco da cabeça
E morreu foi ali mesmo sozinho
Ficou foi um dia inteiro
Que nem ninguém vinha retirar
Até que compadre seu ficou sabendo
Foi lá e fez o serviço
As depois pediu pô Padi reza uma missa
Pra môr de dar descanso
Pra quele que nunca deu discanso pra ninguém