sábado, 28 de junho de 2014

Pablo Neruda - Vinte Poemas de amor e uma canção desesperada


Vinte Poemas de amor e uma canção desesperada

Gosto quando tu calas porque estás como ausente,
e me ouves desde longe, é minha voz não te toca.
Parece como se teus olhos houvessem voado
e parece que um beijo te fechara a boca.

Como todas as coisas estão cheias da minha alma
emerges delas, plena de minha alma que te alia.
Mariposa de sonho, pareces com minha alma,
e te semelhas à palavra melancolia.

Gosto quando tu calas e estás como distante.
E estás como queixosa, mariposa em arrulho.
E me ouves desde longe e minha voz não te alcança:
deixa-me que me cale com teu silêncio puro.

Deixa-me que te fale também com teu silêncio
claro como uma lâmpada, simples como um anel!
És como uma noite mais calada e constelada.
Teu silêncio é de estrelas, simples, longe no céu.

Gosto quanto tu calas porque estás como ausente.
Distante e dolorosa como se houvesses morrido.
Uma palavra então, um sorriso é o bastante.
E estou alegre, alegre de que não tenhas ido.

Menina morena e ágil que faz as frutas,
o que amadurece os trigais e retorce as algas,
Fez o teu corpo alegre, teus luminosos olhos
e fez a tua boca que tem o sorriso da água.

Um sol negro e ansioso que se enrola nos teus fios
de negra cabeleira, quando estiras os braços.
Tu jogas com o sol como se com um esteiro
e ele deixa nos teus olhos dois escuros remansos.

Menina morena e ágil, nada a ti me aproximas.
Tu de ti me distância, como do meio dia.
És como a delirante juventude da abelha,
a embriaguez da onda, ou toda a força da espiga.

Meu coração sombrio te procura, mesmo assim,
amo teu corpo alegre, e tua voz livre e afinada.
Mariposa morena, doce e definitiva
como o trigal e o sol, uma papoula e a água.

Pablo Neruda

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Projeto Alquimia - Alquimia do Corpo - A Natureza Humana do Elemento Água


A Natureza Humana do Elemento Água

“Qualquer força é sempre a
residência de um Deva ou de um Elemental."


Agora veremos algo bem significativo que diz respeito à relação entre as coisas existentes e os elementos da natureza. Em geral tudo guarda estreita relação com os quatro elementos básicos assim sendo podemos dizer que todos os elementos da natureza entram na constituição do corpo dos seres que habitam a terra. Mas em cada espécie, e mesmo em cada ser, algum dos elementos predomina e isso faz com que existam afinidades marcantes entre os seres e os elementais. 

Para ler mais:

sábado, 14 de junho de 2014

O PODER DOS SÍMBOLOS II - CAIBALION (HERMETISMO) - Princípio da Polaridade - “Tudo é duplo; tudo tem dois pólos”


CAIBALION (HERMETISMO)

O Caibalion (Kybalion) é um livro esotérico sobre os Princípios Herméticos, foi publicado pela primeira vez em 1908 em inglês. O livro foi escrito por três indivíduos auto-intitulados Os Três Iniciados, e segundo eles contêm a essência dos ensinamentos de Hermes Trismegisto tal como ensinado nas escolas herméticas do Antigo Egito e da Grécia

Existem especulações de que a obra foi criada por William Walker Atkinson.

O título Caibalion se refere a uma palavra hebraica que significa "Tradição ou preceito manifestado por um ente de cima" e compartilha a mesma raiz da palavra Qabala. Muitas das ideias apresentadas neste livro anteciparam conceitos relativamente modernos da Lei da Atração e do Movimento do Novo Pensamento

Este mês:
Princípio da Polaridade - “Tudo é duplo; tudo tem dois pólos”.


Tudo é duplo, tudo tem dois Pólos, tudo tem o seu oposto. O igual e o desigual são a mesma coisa. O semelhante e o dessemelhante são uma só coisa; os opostos são idênticos em natureza, mas diferentes em grau. Os extremos se tocam. Todas as verdades são meias-verdades. Todos os paradoxos podem ser reconciliados. A polaridade revela a dualidade, os opostos representando a chave de poder no sistema hermético. Mais do que isso, os opostos são apenas extremos da mesma coisa. Tudo se torna idêntico em natureza. O Pólo positivo + e o negativo - da corrente elétrica são uma mera convenção.

Para ler mais: