O Homem sentado no sofá
Busca uma forma de poupar mais um dia
Mais no fundo isso é uma armadilha
Pois mal sabia ele disso
Que em quanto dormita
Seu corpo se movia em retrocesso
Deteriorando cada mínimo espaço
De seu interior mais profundo
A mente demente sofria uma afasia
Por isso nada ele fazia
Sorria na crença de que vencia o tempo
Nesta mesma casa seu irmão era totalmente o oposto
Fazia mil coisas ao mesmo tempo...
Xingava... Sorria... Diluía cada minuto
Pois não podia perder nenhum deles
No fim do dia cai no sofá ao seu lado
Nem uma palavra trocavam
Um por imersão total
E o outro por colapso total
Os dois em suas missões para vencer Cronos
Falhavam incessantemente todos os dias
Pois o que eles não sabiam é que
Para vencer Cronos deve se estar no jogo dele
Nunca a frente pois será alcançado e aniquilado
Nem tão pouco refreado, pois com certeza será atropelado
A sabedoria mostra que o Pai do Tempo só é vencido
Quando ignorado
Deve-se fazer seu tempo
Viver cada instante sem pressa
Aprecia-lo por dentro e por fora
Quando a alquimia tomar conta de si
Se tornará com certeza um ser eterno e atemporal...
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