
“(...) se a necessidade for de menor tamanho e menos custo, a Lei de Moore também se aplica, com casas inteligentes, cartões de crédito com chip e carros conectados. Em outras palavras, o que antes era apenas imaginável, agora é possível”
Manoel Lemos – Infoexame – Dezembro 2011. Pág 38
A velocidade com que se evolui a informática, tanto física como lógica (mesmo porque uma está atrelada à outra), desde sua criação, é algo realmente fantástico, cada vez mais inovações em menos tempo
No entanto há muito que se rever e analisar no que diz respeito ao ser humano. A apesar de muitas destas evoluções serem benéficas, existe nos bastidores um lado apocalíptico e obscuro.
O ser humano está tão fascinado com tudo isso, como se fosse uma criança com um novo brinquedo. Nunca foi tão fácil ter acesso a diversas informações sem termos de sair de casa, fazermos compras na comodidade de nosso sofá à frente da TV, ou conversar com um amigo distante que há muitos anos não víamos.
No entanto, delegamos, sem perceber, nossas vidas a estes sistemas, escancaramos nossas vidas, nossos gostos e nossas dores rotineiramente de forma normal. Sem nos darmos conta que vamos nos tornando (como em um filme de ficção) escravos deste sistema e que por trás das máquinas, existem grupos dominantes que poderão em um futuro próximo transformar-nos em seus robôs de carne e osso. Eles saberão tudo sobre você, sem limite algum. E até mesmo o lugar onde você estará.
É necessário criarmos mecanismos individuais de segurança, de forma que não tenhamos nossas vidas 100% conectadas a sistemas. Devemos ter um tempo para nós mesmos, para nossa família, amigos e até mesmo com a natureza, de forma real e concreta.
É imprescindível termos nossa particularidade. E até mesmo sumirmos do mapa se assim o bem quisermos (chamo a isso de anonimato sadio)
Toda essa informação digital é muito importante, no entanto não se deve abandonar jamais o modelo impresso. Digo o porquê, se um dia esta base de informações digitais sofrerem um colapso irreversível, seja pela total falta de energia, ou por algum ataque hacker a nível global, em que haja sua perda parcial ou total. O que será de todo esse legado que acumulamos durante a história (passado e presente) se abandonarmos de vez uma base impressa?
Além do mais ainda, há a questão dos países carentes. Como disponibilizar, educar e dar acesso a este tipo de informação se a massa mal tem acesso ao modelo impresso, seja por custo ou cultura?
Vejamos então os pontos críticos
__Privacidade
__anonimato (sadio)
__Educação, história, etc.
E fora estes itens, ainda podemos elencar vários que podem gerar um caos, caso haja (e pode haver) uma pane a nível mundial:
__Dinheiro: se este item parar de se impresso em um colapso global, milhões de seres humanos se tornaram impotentes sem seu poder de compra e venda.
__Saúde: diante de um armagedom virtual, máquinas pararão de trabalhar, pondo em risco a vida de muitos
Poderíamos elencar “n” situações, como transporte, exército, governo, etc. Em resumo, precisamos urgente de uma porta de saída, caso contrário, voltaremos à idade da pedra!
“A saúde deve ter uma rede mundial – Todas as pessoas, inclusive os recém-nascidos, deveriam ter uma página pessoal de saúde online nos moldes do facebook”
Don Tapscott – Infoexame – Dezembro 2011. Pág. 40
Muito válida esta idéia do ponto de vista médico. O profissional poderia avaliar e acompanhar cada caso em qualquer lugar e de forma detalhada.
Mas... E se estas informações vazarem ou algum profissional inescrupuloso vender toda essa informação?
Empresas, governos, etc. saberão quem sofre disso ou daquilo, podendo usar isso contra o individuo.
Então quando se candidatar a uma vaga de emprego, estes já saberão com antecipação qual a porcentagem de você sofrer ou vir a sofrer de determinada doença ou propensão a algum vicio, gerando discriminações sem precedentes
Sou fã e adepto da informática há muitos anos, desde o Windows 3.11 que muitos nem ouviram falar, já escrevi textos no Wordstar (risos)
Então, uso a informática com moderação, como ferramenta de trabalho ou diversão, de forma que não se torne um vício e uma dependência como o álcool ou o fumo
Repito e insisto, precisamos de uma saída urgente, pois esta força é tão impactante que passados os anos, conseguirão apagar de muitas mentes outra força vital e sublime à qual chamamos de Deus
NOTA: O texto não é uma critica as opiniões de Manoel Lemos e Don Tapscott, pois eles nos revelam este lado sadio da internet, apenas acho que deve ser divulgado um pouco mais sobre o submundo. Fica aqui uma dica ou solicitação para os experts das revistas infoexame e superinteressante cavarem a fundo este lado negro da internet. Aproveita para parabenizar a Revista Infoexame pelas edições deste ano que tiveram ótimas matérias e poucas propagandas, confesso que estava a ponto de cancelar minha assinatura (ainda bem que não o fiz). Felicitações também a Dagomir Marquezi que tem nos levado a esta fantástica viagem ao futuro. E por onde anda John C. Dvorak que não vi mais nas matérias da info? Parabenizo também Superinteressante pelas edições no ano de 2011, como recebi atrasado o número de novembro, acabei de lê-lo a pouco em uma das matérias veio a fundo algo do que estou falando, no tema: O que a internet esconde de você. Enfim bom fim de anos a todos, e que venha 2012 com novas “aventuras”.