domingo, 1 de março de 2015

O PODER DOS SÍMBOLOS III - ANJOS


            ANJOS

            Uma auréola ou halo (do Latim aurea, "dourado") é um círculo dourado ou peça de metal circular com que pintores e escultores circundam muitas vezes a cabeça de personagens sagrados. Nos períodos mais antigos da arte cristã, a auréola era usada exclusivamente em figuras pertencentes à Santíssima Trindade, como Jesus Cristo, mas esse costume foi posteriormente alargado à Virgem Maria e aos santos.

            Uma das primeiras representações de Sidarta Gautama, século I-II, Gandara: repare no círculo cinza atrás da cabeça do Buda.

            Quando envolve todo o corpo da figura, a auréola geralmente aparece em forma oval ou elíptica, mas ocasionalmente é circular ou quadrifólia. Quando ronda apenas a cabeça, é chamada especificamente de auréola ou nimbo, enquanto a combinação de nimbo com auréola é chamada do fenômeno óptico glória. A distinção entre nimbos e auréolas não são muito respeitados, de modo que esse último termo é mais frequentemente utilizado para designar o esplendor que ronda as cabeças dos santos, dos anjos ou de pessoas da Santíssima Trindade.


            As auréolas aparecem na arte cristã por volta do século V, mas este elemento já era conhecido e desenvolvido séculos antes, na arte pré-cristã helenista. É encontrada em algumas representações persas de reis e deuses, e aparece nas moedas dos reis do Império Kushana: Kanishka, Huvishka e Vasudeva, como também na maioria das imagens representando Sidarta Gautama, o Buda, no século I, pertencentes à arte Greco-budista. O uso da auréola também é encontrado na arte egípcia, na arte grega, na arte romana, nas representações de Trajano, e Antônio Pio. Certos imperadores do Império Romano eram retratados radiando uma coroa no alto da cabeça, com raios de sol iluminando suas figuras.

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