ANJOS
Uma auréola ou halo (do Latim aurea,
"dourado") é um círculo dourado ou peça de metal circular com que
pintores e escultores circundam muitas vezes a cabeça de personagens sagrados.
Nos períodos mais antigos da arte cristã, a auréola era usada exclusivamente em
figuras pertencentes à Santíssima Trindade, como Jesus Cristo, mas esse costume
foi posteriormente alargado à Virgem Maria e aos santos.
Uma das primeiras representações de
Sidarta Gautama, século I-II, Gandara: repare no círculo cinza atrás da cabeça
do Buda.
Quando envolve todo o corpo da
figura, a auréola geralmente aparece em forma oval ou elíptica, mas
ocasionalmente é circular ou quadrifólia. Quando ronda apenas a cabeça, é
chamada especificamente de auréola ou nimbo, enquanto a combinação de nimbo com
auréola é chamada do fenômeno óptico glória. A distinção entre nimbos e
auréolas não são muito respeitados, de modo que esse último termo é mais
frequentemente utilizado para designar o esplendor que ronda as cabeças dos
santos, dos anjos ou de pessoas da Santíssima Trindade.
As auréolas aparecem na arte cristã
por volta do século V, mas este elemento já era conhecido e desenvolvido
séculos antes, na arte pré-cristã helenista. É encontrada em algumas
representações persas de reis e deuses, e aparece nas moedas dos reis do
Império Kushana: Kanishka, Huvishka e Vasudeva, como também na maioria das
imagens representando Sidarta Gautama, o Buda, no século I, pertencentes à arte
Greco-budista. O uso da auréola também é encontrado na arte egípcia, na arte
grega, na arte romana, nas representações de Trajano, e Antônio Pio. Certos
imperadores do Império Romano eram retratados radiando uma coroa no alto da
cabeça, com raios de sol iluminando suas figuras.
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