sábado, 8 de abril de 2017

CABALA - 15 – CORREÇÃO ESPIRITUAL GRADUAL


15 – CORREÇÃO ESPIRITUAL GRADUAL

                A fé acima da razão permite-nos perceber nosso maior inimigo (o que se interpõe em nosso caminho para a conquista do bem) justamente pelo raciocínio. Podemos sentir e perceber o mal apenas no grau em que acreditamos no prazer espiritual acima da razão. Objetivamente, não há nada além do Criador, mas essa compreensão ocorre no mais alto nível da percepção cabalística.

                Porém, até então, também percebemos nós mesmo neste mundo. No processo de conquistar tal percepção, chegamos a entender o que é: 1. o Criador; 2. a primeira Criação; 3. as criações; e 4. o prazer que o Criador deseja conceder a Suas criações.

                A progressão completa, naturalmente, vai se desenvolvendo de acordo com a cadeia de “causa/efeito”, e não de acordo com o tempo. O Criador existe. O Criador deseja fazer surgir uma criação para satisfazê-la. Ele gera o desejo de se encanar justamente com esse prazer (tanto em quantidade, quanto em aparência) que deseja prover.

                O primeiro ser criado chama-se “Malhut”. A primeira percepção da luz do Criador pelo ser criado é conhecida como o mundo sem fim. Usa-se o termo “sem fim”, porque, neste estado. “Malhut” recebeu a luz do Criador sem que a sua quantidade fosse limitada. O ser criado obteve muito prazer como produto de recepção dessa luz. Porém, enquanto recebia o prazer, também sentiu o próprio Criador, Seu desejo de outorgar. Como “Malhut” desejava se parecer com Ele, rejeitou receber a luz e ela então se foi.

                Essa ação de “Malhut” chama-se restrição – a restrição da recepção da luz (“Tzimtuzum”). O Criador não tem nenhuma carência, portanto, “Malhut” não pode dar-lhe da mesma forma que Ele dá a “Malhut”.

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