
Lá nos ermos dos sertões de Minas Gerais
Mora um homem de idade já bem avançada
Ninguém sabe precisar a idade
Pois todos perderam as contas
Inté o próprio capiau
Ele não segue religião nenhuma
Não é católico nem protestante
Nem trabalhos de macumba faz
Visto que já tem muito trabalho a fazer na Terra
Suas mãos calejadas são prova disso
Não segue nenhum governo
Nem é de partido nenhum
Nem PT nem PTB
Só a partido mesmo do Pai Celeste
Não é homem de assinar contrato
Pois seus olhos fortes e sua envergadura
Já são sua própria assinatura
E um aperto de mão forte
Dá termo a tudo!!!
De coração bom
Todos dele gostam
Os familiares
Os vizinhos
Os desconhecidos
A Terra e o Céu
Ele nunca viu o mar
Pois o mar perto dele não há
Mais Mar Mareja seu oiar
De ver cada filhos sair pelo mundo
Mais depois se orgulha
Das sementes que plantou
Um sorriso simples lhe brota
Tal como flor
Deste mesmo oiar...
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