domingo, 29 de janeiro de 2023

GITA – CAPITULO 3 – SLOKA 41 – 43 / GITA – CAPITULO 4 – SLOKA 01 – 10

 


            JNANA YOGA

            O conhecimento Transcendental

 

            SLOKA 1

             Bhagavan disse: Eu ensinei esta imperecível ciência do Yoga primeiramente à Vivasvan, o deus do sol, quem por sua vez ensinou à Manu. Então Manu ensinou à Iksvaku.

 

            Prakasika-vrtti

            Neste capítulo, Sri Bhagavan introduz o conceito da sucessão discípular de mestres espirituais auto realizados, sem o qual não se pode manifestar Bhakti ou Jnana Yoga neste mundo material. Só através dela se pode compreender temas espirituais. Na Índia, podemos ver como a fé e devoção na sucessão disçípular encontra-se até nas pessoas comuns.Os mantra que não são recebidos através da sucessão discípular são completamente infrutíferos. Nesta Kali Yuga existem quatro sucessões Vaishnavas: Sri, Brahma, Rudra e Kumara. Sri Krsna é a fonte de todas elas e dele flui todo a verdade neste mundo.

             No Gita, se explica como Krsna ensinou primeiramente o jnana yoga á Surya deva, Vivasvan, que por sua vez ensinou á Manu, que logo ensinou á Iksvaku. Assim sendo, o sistema de suçessão discipular, parampara, é uma tradição ancestral e confiável mediante o conheçimento divino há sendo preservado até o presente momento. Uma pessoa jamais compreenderá o Bhagavad Gita se não se situa no Guru Parampara, ainda que seja muito qualificada em termos de conhecimento material; portanto é necessário se proteger dos comentaristas maléficos, principalmente os Mayavadis (impersonalistas) os quais se identificam com o corpo material.


Para ler mais:

https://projetoalquimia.wordpress.com/2018/05/05/gita/#cap_3-sloka_41-42-43

OBS.:

A mitologia Hindu é provavelmente uma das mais antigas mitologias do mundo. Seus primeiros mitos nasceram numa região conhecida como Vale do Indo (no atual Paquistão). O panteão hindu constitui uma tentativa formidável de criar máscaras pelas quais o ser humano tenta falar dos seus sonhos e medos.

A mitologia hindu inicia com o imanifestado (Adinatha), que se manifesta na trimúrti: Brahma, Vishnu e Shiva, unidade na pluralidade.

Na mitologia hindu, incluem-se todas as possibilidades: deuses, semideuses, seres celestiais, anjos, demônios e vampiros, cujas sagas e peripécias serviram desde a antiguidade para alimentar o imaginário e os ideais do ser humano.

Apesar desta inegável multiplicidade, o hinduísmo não é tão politeísta quanto aparenta; tirar essa conclusão seria tão leviano como concluir, olhando para o santoral cristão, que o cristianismo é politeísta.

O hinduísmo, tem uma base filosófica dividida em darsanas (pontos de vista), mas o ponto onde termina a lógica e começa o imaginário é de difícil determinação.

“Armas não conseguem cortá-lo, fogo não pode queimá-lo, água não consegue molhá-lo, ventos não podem secá-lo... Ele é eterno e tudo permeia, sutil, imóvel e sempre o mesmo.

— Bagavadguitá, II:23-24”

A mitologia hindu nem sempre tem uma estrutura consistente e monolítica. O mesmo mito normalmente aparece em várias versões e pode ser representado de forma diferente nas tradições sócio-religiosas. Observou-se também que esses mitos foram modificados por várias escolas filosóficas ao longo do tempo, especialmente na tradição hindu. Esses mitos têm um significado mais profundo, muitas vezes simbólico, e receberam uma gama complexa de interpretações.

Sloka é um poema em estrofes de quatro versos, escrito em sânscrito, usado para compor a maioria dos clássicos da literatura védica, tais como o Ramayana, o Mahabharata, inúmeros Puranas e outos livros. A mesma estrutura é usada nos textos tibetanos, especialmente nos ensinamentos budistas, tanto antigos como modernos.

Dada essa gama de informações. Devemo-nos colocarmos sempre na posição do povo em questão, sobre suas crenças. Pois fazer um julgamento é sempre algo fácil. Devemos imaginar que todas essas religiões e crenças nasceram a milênios atrás, quando o conhecimento e mentalidade humana eram ainda jovens, no entanto, eles tinham uma ligação muito maior com o espiritual, do que temos hoje em dia, ou seja, uma percepção muito mais ampla de se sentir o poder da natureza e seu criador. Mesmo não sabendo o seu nome ou tendo o visto frente à frente (podemos observar isso em diversas religiões). Acabando por denominar as forças da natureza, como sendo estas emanações, o que de uma certa forma não é tão errado.

No texto de Guita podemos assimilar diversas sabedorias se estivermos abertos e atentos a isso, sem nenhum poder de recriminação ou fanatismo. Resumindo é a mesma Lei de sempre: para termos algo, em troca devemos doar algo. Não adianta apenas queremos para nós mesmo o tempo todo, se queremos algo da Terra (o pão), devemos doar a Terra, adubo o fruto. Isso é um termo de sacrifício dar uma parte para receber em troca. Isso deve ser algo automático e não uma punição ou obrigação. Você quer a presença de Deus, mais não é capaz de olhar o semelhante que está a seu lado. Pense nisso!!!

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